Você está definindo as competências corretas para os profissionais que você busca?

Em 14 anos atuando em recursos humanos já desenvolvi centenas de projetos de recrutamento de executivos em diferentes níveis, áreas, segmentos e portes. Já recrutei CEO, […]

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Em 14 anos atuando em recursos humanos já desenvolvi centenas de projetos de recrutamento de executivos em diferentes níveis, áreas, segmentos e portes. Já recrutei CEO, diretor, gerente, e em diversos projetos vivenciei diferentes fatores impactando nas suas entregas, que, muitas vezes, está relacionado ao posicionamento da empresa com o recrutador.

 

O sucesso de um projeto está diretamente ligado a um escopo bem definido.

 

Dentre os pontos críticos que determinam o sucesso (ou fracasso) de um projeto de Executive Search, para mim o alinhamento do perfil, ou melhor, dos valores pessoais e das reais competências que a empresa busca no profissional, é o principal.

 

Um perfil de profissional alinhado de maneira adequada, com as expectativas e objetivos claros em relação à performance dele, ampliará as chances de assertividade no processo de busca do profissional adequado.

 

Mas o que é um perfil bem alinhado?

 

Além de tornar claro para o recrutador quais são as suas expectativas em termos de performance, é preciso definir as competências comportamentais fundamentais para a organização e para a posição em que o profissional irá atuar.

 

E quando falamos em competências comportamentais, as campeãs de uso nos processos de R&S sem sombra de dúvidas são Comunicação, Relacionamento Interpessoal e Foco em Resultados. Mas será que elas são as mandatórias? Será que são essas habilidades que trarão um candidato diferenciado para a sua empresa?

 

De fato, essas são competências extremamente importantes no perfil de qualquer profissional e que têm impacto direto nos resultados que ele apresenta. No entanto, percebo que ao descreverem tais competências os gestores acabam se rendendo ao senso comum, ao descritivo básico de tais habilidades, o que não agrega muito valor para o recrutador e para o processo, uma vez que, se no momento do alinhamento tais necessidades não forem bem compreendidas e assimiladas pelo recrutador não serão avaliadas como diferenciais.

 

A competência ‘Foco em Resultados’ para a empresa X é diferente da competência ‘Foco em Resultados’ para a empresa Y.

 

O exercício do alinhamento de perfil pode parecer maçante e repetitivo, porém, se dedicarmos a devida atenção a este processo e entendermos realmente o que ela significa para aquele gestor e aquela empresa, as chances de sucesso seguramente serão maiores.

 

Além disso, vale pontuar que se você quer fazer a diferença no seu recrutamento é preciso fugir do óbvio. Identificar nestes executivos características que respeitem os valores da companhia, mas que possam somar para o negócio, agregar novos conceitos e construir um novo cenário junto a equipe que muito contribuiu e sustentou o negócio até então. Além disso, dedicar tempo, refletir a respeito do que realmente se espera do executivo que se está contratando e traduzir esta necessidade em competências e habilidades comportamentais fará com que o próprio gestor tenha mais segurança para contratar e desenvolver o profissional.

 

Recentemente ouvi de um cliente uma nova competência que me chamou muito a atenção, o INTRAEMPREENDEDORISMO. Para o gestor tal competência refere-se à capacidade do executivo não só de assumir a postura de “dono do negócio”, mas de realmente se colocar no lugar do empresário, sentindo-se responsável pelo processo de mudança na organização, pelas inovações no negócio e por transformar as ideias em metas e consequentemente em resultados. Percebi que esta habilidade é muito demandada pelas organizações, mas muitos profissionais ainda não absorveram a real necessidade dela. É um comportamento diferenciado para ambos os lados.

 

Você não precisa “inventar a roda”, tampouco trazer para a sua organização profissionais com competências tão distintas que poderão destoar completamente da missão e visão da companhia; mas é preciso ficar atento aos movimentos do mercado, às tendências, e atrair profissionais que apresentem capacidade comportamental para acompanhar este cenário.

 

Rúbia Pereira é Coordenadora da divisão de Executive Search da De Bernt para a região Sul. Para mais informações acesse www.debernt.com.br.