Você e o Plano B

Pergunte a um amigo se ele já tem um “plano B” na profissão.  Posso garantir que quase 90% das pessoas vão responder que não. A maioria […]

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deBernt deBernt

Pergunte a um amigo se ele já tem um “plano B” na profissão.  Posso garantir que quase 90% das pessoas vão responder que não. A maioria tem idéias, desejos, mas algo mais estruturado, não.  É um erro.

O que chamamos de “plano B” é uma alternativa para o caso de sua profissão principal falhar. Uma alternativa de receita e também de ocupação. Hoje, a volatilidade dos empregos é grande. Há algumas décadas, as pessoas ficavam de 15 a 20 anos no mesmo emprego. Hoje esse prazo é de três a cinco anos. Muitas empresas estão em crise e sua vaga pode sumir de uma hora para outra. E o que você vai fazer?

É aí que entra o plano B . Enquanto não se recoloca no mercado, um profissional desempregado pode ocupar-se com outra atividade e dela tirar alguma renda. E essa alternativa pode, inclusive, tornar-se um novo emprego. Foi o que aconteceu comigo.

Há pouco mais de 30 anos, percebendo que as alternativas de crescimento na empresa onde trabalhava estavam se esgotando, desenvolvi um plano B: atuar como consultor. Fazia isso três vezes por semana, sendo duas à noite e uma aos sábados. Fui levando dessa forma durante cerca de um ano. O trabalho era estimulante e aos poucos, a receita foi aumentando. Quando a empresa lançou um Plano de Demissões Voluntárias (PDV) decidi transformar o plano B em plano A. Foi uma transição indolor e desejada, que, inclusive, aumentou meus rendimentos.

O ponto principal dessa história foi o planejamento. Não ficar esperando uma situação ruim para pensar em alternativas, mas tê-las já como parte das estratégias de evolução. Analisar o mercado e encontrar uma função que possa desempenhar com competência e prazer. Muitos escolhem um hobby. É uma possibilidade, mas pode também ser algo derivado de sua profissão.

É importante destacar que o plano B muitas vezes funciona como uma motivação, inclusive para a atividade principal. Para alguns, é uma válvula de escape. Para outros, um complemento de renda. Fundamental  é que o planejamento da carreira passe também por um bom plano B.