Seu comportamento em processos seletivos diz muito sobre você

Participar de uma seleção é muito mais do que fazer entrevistas. Um dos aspectos mais importantes é o comportamento do candidato ao longo da seleção e […]

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Participar de uma seleção é muito mais do que fazer entrevistas. Um dos aspectos mais importantes é o comportamento do candidato ao longo da seleção e o respeito que ele tem com todas as etapas. Ainda que tenha um ótimo currículo e vasta experiência anterior, sua postura e ética contam pontos valiosos.

Desde o primeiro contato com o recrutador, é preciso ser transparente e explicar os motivos que o levaram a querer sair do emprego atual e quais são as reais ambições. A sinceridade nesta fase é essencial para estabelecer o primeiro vínculo com quem o está entrevistando.  Falar com objetividade sobre remuneração, interesse em promoções laterais e ambições é extremamente importante. Por exemplo, se tiver algum ponto da seleção que incomoda o candidato, como salário oferecido, benefícios ou mesmo o cargo, isso já deve ser pontuado desde o início. O candidato será muito mais bem avaliado se deixar claro desde sempre o que busca na nova empresa e quais ofertas não o agradaram, sem deixar de lado o profissionalismo e cordialidade. Esse tipo de comportamento cria vínculos sólidos importantes com o headhunter.

Outro ponto relevante está relacionado às atitudes do candidato, que são observadas o tempo todo pelo recrutador, mas de maneira natural e é considerada uma avaliação informal.

Por exemplo, são levadas em consideração a forma como o entrevistado recebe as notícias do processo (sejam positivas ou não), a agilidade em responder os contatos via e-mail e telefone, a linguagem utilizada, entonação da voz, entre outras características. Esse conjunto de sinais mostra ao headhunter se o candidato é responsável,  interessado, atencioso, como se comporta no dia a dia, se cumpre regras e compromissos, enfim, são indicativos que ajudam a compor o parecer que vai definir se aquele profissional irá continuar ou não no processo seletivo.

Esse tipo de análise é feita de modo muito sutil, mas conta pontos tanto quanto a avaliação formal, ou seja, as entrevistas, os testes e práticas de avaliação de cada empresa.

Para o recrutador, que já tem experiência para perceber comportamentos artificiais, é fácil perceber quando o candidato está vestindo um personagem durante a entrevista e tem discursos prontos e ensaiados, o que pode prejudicá-lo e, na maioria das vezes, excluí-lo da disputa por melhor que seja seu currículo.

Juliana Gomes é Key Account Manager na De Bernt, possui sólida vivência na área de Recursos Humanos em empresas multinacionais e consultorias de grande porte.